A degustação de um café ganha sabores especiais no mês de maio, quando é dada a largada para o início da colheita da safra do grão no Brasil. Patrimônio nacional, o café tem apelos bem democráticos com sua variedade traduzida em gostos, aromas e nuances.
Por isso, nada mais justo do que dedicar neste mês homenagens ao café. Para quem não sabe, o calendário brasileiro tem um dia especial: 24 de maio, que celebra o Dia Nacional do Café. A data foi instituída em 2005 pela Associação Brasileira da Indústria de Cafés (ABIC).
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial do grão, é responsável por 38% do cultivo no planeta e tem grande parte do plantio concentrado em Minas Gerais [líder nacional], São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Bahia.
Café aproxima
“Ainda sentimos os efeitos das medidas de distanciamento social e as pessoas tendem a permanecer mais tempo em casa. Com isso, além do inverno, temos um aumento no consumo do café, que é uma bebida que inspira uma boa conversa a dois ou aquela pausa no trabalho para repor as energias”, explica Carlo Costa Gallinea, diretor comercial da CCG Representações, responsável pela expansão da marca catarinense Bonblend Cafés Especiais.
Se o café é uma bebida popular, pronto para ser consumido em qualquer ocasião, o potencial de combinação com outros alimentos também mostra sua força. Eclético, ele vai bem com frutas, queijos, doces e salgados, além de combinado com outras bebidas e ganhar o status de drink.
Harmonização com comidas
Segundo o executivo da CCG, se a opção for degustar queijos com características mais cremosas e salgadas, a harmonização deve ser feita com o tradicional café coado. Já num café mais adocicado, o contraste é bem-vindo. Neste caso, o acompanhamento vai bem com um pão de queijo salgado, tortas e quiches.
Com as frutas, é só tomar cuidado para não exagerar no sabor amargo, usando frutas silvestres mais adocicadas e encorpadas como peras, framboesas e morangos.
Cafés coados, suaves e adocicados também harmonizam deliciosamente com bolos feitos de fubá, cenoura e milho. Se o cardápio apresentar sobremesas mais intensas como brigadeiros, tiramisu e petit gateau, o café espresso e de volume mais forte é o indicado, segundo Gallinea.
Drinks de café
O café também reúne características que permitem boas combinações com outras bebidas. No inverno, quanto mais quente, melhor. A versão “mocha” – que também é conhecida como moccacino – cumpre à risca esse preceito. Ela é formada com uma dose do café espresso, calda de chocolate ou chocolate quente, leite vaporizado e micro espuma do leite.
“Normalmente, ele vem polvilhado com chocolate ou canela para dar um toque a mais no sabor e na aparência. E também vale aquela foto chamativa para repercutir nas redes sociais”, brinca o executivo.
O preparo Havaiano é outro tipo que pode ser considerado uma boa pedida no inverno. “De forma bem simples, ele é quase um café com leite, mas no lugar do leite de vaca usamos leite de coco em sua composição e uma decoração bem característica com coco queimado nas bordas”, descreve Gallinea.
Até mesmo com bebidas alcóolicas a presença do café ganha destaque. É o caso do café Caribenho. “Ele pode ser considerado um drink, já que leva rum em sua composição. Algumas receitas podem adicionar um pouco de gim e vermute seco, mas a versão original leva apenas rum e açúcar. Outro de tom alcóolico é o café irlandês, que leva whisky e creme batido na receita. Como se percebe, basta soltar a imaginação, usar à vontade o café e brindar suas receitas favoritas”, conta Gallinea.