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Festa de Santa Rita de Cássia movimenta Hauer

A comunidade do Santuário Santa Rita de Cássia [rua Padre Dehon, 728, Hauer, Curitiba (PR)] está em festa. Depois de dois anos em estilo adaptado por causa da pandemia, a tradicional festa em honra à Padroeira Santa Rita – a “santa das causas impossíveis” – retoma o seu formato original. Além das novenas, a programação terá sacerdotes convidados, carreata e missa campal na manhã do dia 22, almoço festivo e atividades recreativas no domingo à tarde.

De acordo com o pároco, padre Maicon Frasson SCJ, o popular “Santuário das Rosas” deve receber centenas de pessoas ao longo desta semana, uma vez que nem todos os devotos participam da festa no domingo. Para isso, o Santuário Santa Rita de Cássia preparou nove dias de oração, sempre às 19h, contando um pouco da história de Santa Rita, seus desafios e modelo de virtudes.

No domingo, 22/05, ápice dos festejos, ocorrerá a missa campal às 10h com a presença de Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo Metropolitano de Curitiba. Também estão previstas celebrações às 8h, 12h, 14h, 16h e 19h. A última missa do dia encerra a festa com procissão luminosa pelas ruas do bairro e show de fogos de artifício no retorno à igreja. Toda a programação pode ser acompanhada pelas redes sociais do Santuário.

Almoço e bolo de Santa Rita

Como já é costume, a comunidade está envolvida na produção do almoço de Santa Rita – famoso pelo cardápio formado pelo saboroso risoto de frango, assados de frango, copa e lombo e acompanhado de uma variedade de saladas. Convites antecipados podem ser adquiridos na secretaria do Santuário ao preço de R$40,00 (adultos) e R$20,00 (crianças até 10 anos). Menores de 5 anos não pagam. No dia 22 o almoço custará R$45,00 para adultos. O almoço será presencial.

Outro destaque da festa é o bolo de Santa Rita que já começa a ser vendido a partir do dia 19, quinta-feira, nas novenas da manhã, tarde e noite. Segundo a tradição, quem encontrar uma miniatura da imagem na massa do bolo receberá bênçãos, em breve.

Recuperação do telhado

Em paralelo à festa, o Santuário – que ano passado inaugurou uma imagem da padroeira com 4 metros de altura, a maior de Curitiba e Região Metropolitana – promove a campanha “Um novo véu para Santa Rita”. O objetivo é angariar recursos para a troca do telhado, que necessita de reparos. Aceita-se ofertas de qualquer valor e os devotos de todo Brasil podem colaborar por meio do www.santuariosantaritadecassia.com.br.

Como explica o pároco, padre Maicon Frasson SCJ, “além de fazer sua doação, os devotos são convidados a registrar bênçãos e graças em formulário próprio. A ideia é, ao término da obra, depositar esses registros aos pés da Santa, em celebração especial”.

E por falar em registro, na festa deste domingo será possível fazer fotos com a imagem da padroeira em frente ao Santuário, dentro do templo e também num espaço especialmente preparado.

História e vida de fé

Santa Rita nasceu na Itália, em 1381. Chamada Margherita, ganhou o carinhoso apelido de Rita com o qual seria conhecida no mundo todo, associado ao título de “santa das causas impossíveis”.

Sua história de fé começa com um casamento contrariado. Conta a narrativa que para satisfazer ao gosto dos pais, a jovem casou com um homem temperamental com o qual teve dois filhos. Durante os 18 anos do matrimônio, ela procurou pregar a paz e a harmonia no lar e, à custa de muita oração, abrandou o temperamento forte do esposo, chamado de Paulo Ferdinando.

Um dia, entretanto, seu marido foi brutalmente assassinado e jogado à beira de uma estrada. Na intenção de vingar a morte do pai, os dois filhos de Rita juraram fazer o mesmo com seus malfeitores. Para evitar que seus filhos fizessem o mal a terceiros, Rita pediu que Deus os protegesse e, se fosse o caso, levasse suas almas. E foi o que aconteceu. Os dois morreram, vítimas de uma doença sem cura, após perdoarem os criminosos que tanto odiavam.

Abalada com a morte do esposo e dos filhos, Rita desejou recolher-se ao Convento das Agostinianas de Cássia, mas não foi aceita. Com espírito fervoroso, rogou aos santos de sua devoção: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino. Ingressa no convento, viveu ali 14 anos até sua morte, trazendo na testa um estigma e associando-se assim a um dos momentos mais fortes da crença católica: a Paixão de Cristo.

Rita morreu no mosteiro de Cássia, em 22 de maio de 1457 e não foi sepultada; seu corpo ficou exposto no oratório até 1595, ocasião em que foi transferido para a igreja anexa ao mosteiro, hoje dedicada a ela. O seu corpo permanece intacto.

Foi canonizada em 1900 e, desde então, é modelo e amparo para milhares de pessoas, sendo considerada nos dias atuais como uma das santas mais populares do mundo.

Segundo o Papa João Paulo II, “Rita foi reconhecida ‘santa’ não tanto pela fama dos milagres que a devoção popular atribui à eficácia de sua intercessão junto de Deus. Porém, muito mais pela sua assombrosa ‘normalidade’ da existência quotidiana, por ela vivida como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana”.

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