Mais de três mil pessoas morreram no dia 11 de setembro de 2001, quando ataques coordenados atingiram as torres do World Trade Center, em plena Nova York, e o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em Arlington, Virginia. Além desses dois alvos, um avião de passageiros também acabou caindo na Pensilvânia. Assumidos mais tarde pela al-Qaeda, organização fundamentalista islâmica, os atentados daquele dia mudaram a história da sociedade contemporânea e foram o prelúdio do que ficou conhecido como a “Guerra ao Terror”. Vinte anos depois, a retomada do Afeganistão pelo Taliban, um dos apoiadores da al-Qaeda, traz de volta um questionamento: o mundo ocidental realmente foi capaz de vencer essa guerra? No dia 9 de setembro (quinta-feira), a live “20 anos do 11 de setembro” tenta responder a essa e outras perguntas.
O evento conta com a participação do professor de Geopolítica e Negócios Internacionais e coordenador do curso de Comércio Exterior da Universidade Positivo, João Alfredo Lopes Nyegray, o professor de Humanities do Colégio Positivo – Internacional, Iury Sagaz, e o especialista em segurança e inteligência e professor sênior do Departamento de Estudos Americanos e Canadenses da Universidade de Birmingham, Dr. Steve Hewitt. Eles vão explicar, de forma didática, o que é o Taliban, qual a relação do grupo com os ataques de 11 de setembro, como o terrorismo se espalhou pelo mundo e de que forma o tema pode ser abordado no Enem e nos vestibulares deste ano.
Para Nyegray, o combate ao terrorismo não funcionou. “Atacar alvos supostamente terroristas não é a solução. Se invadir o Iraque, o Afeganistão ou tomar parte no conflito da Síria nos ensinou algo, é que nunca podemos ter certeza se um grupo terrorista foi ou não eliminado”, afirma. Dado como derrotado pelos Estados Unidos, o Taliban voltou a assumir o comando do governo afegão antes mesmo da retirada completa das tropas americanas do país. O cenário parece ser ainda mais aterrador que antes, e, transcorridas duas décadas de ocupação, o grupo, inclusive, apoderou-se de armamento bélico das tropas estadunidenses. “Os Estados Unidos tentaram reconstruir algumas partes do país, com investimentos que somam mais de US$ 1 trilhão, também nas áreas militar e energética. Enquanto isso, o Taliban, que nunca foi definitivamente vencido, engrossava suas próprias fileiras. O grupo hoje está em melhores condições de equipamentos do que estava há 20 anos”, acrescenta.